Dúvidas Frequentes


Cirurgia Ortognática

1Em quais casos a Cirurgia Ortognática é indicada?
A Cirurgia Ortognática é indicada quando há uma discrepância de crescimento crânio facial e entre as arcadas dentárias. Quando não é possível atenuá-las com tratamento convencional, como aparelho ortodôntico, por exemplo. Certas tendências de crescimento podem ser notadas com a chegada da primeira dentição. Neste caso, é dita como deformidade congênita. Essa cirurgia é somente indicada quando o paciente atinge a maturidade óssea. Traumatismos faciais e fatores ambientais, dependendo dos hábitos do paciente, como por exemplo o bruxismo, podem acentuar as anormalidades de crescimento ósseo ou até mesmo perdas dentárias. Neste caso, é classificada como deformidade adquirida.
2Quais são as queixas mais comuns dos pacientes?
As queixas mais comuns são problemas na dicção; dificuldades na mastigação; problema gastrointestinal devido à má digestão dos alimentos; problemas na respiração - pois o planejamento cirúrgico permite calcular aumento de vias aéreas ou, até mesmo, auxílio no selamento labial, em caso do paciente respirador bucal; dores de cabeça, e até mesmo dores na coluna.
3Como funciona o procedimento da cirurgia ortognática?
O procedimento é realizado em ambiente hospitalar. Os riscos cirúrgicos e pré-anestésicos são previsíveis. Sob anestesia geral e intubação nasal, a cirurgia é realizada por dentro da boca e raras exceções necessita de incisões na pele. A cirurgia é extremamente previsível e a parestesia (diminuição da sensibilidade) é o maior risco envolvido. A parestesia ocorre por meio das manipulações dos nervos sensitivos que se encontram no interior dos ossos, durante as osteotomias (cortes nos ossos). Após os cortes e o reposicionamento adequado da maxila e da mandíbula, os mesmos são fixados com uso de placas e parafusos em titânio. Para o sucesso da cirurgia e conforto, o paciente deve retornar às consultas para avaliação da cicatrização óssea e acomodamento muscular. Dessa forma, o paciente também deverá fazer um tratamento multidisciplinar com acompanhamento de uma nutricionista, para controle da perda de peso e acompanhamento nutricional na fase de alimentação líquida e pastosa; com um fisioterapeuta para auxílio na redução do edema (inchaço), e estímulo muscular e neurosensorial; e, em alguns casos, acompanhamento psicológico prévio e após o procedimento podem ser necessários. A média de afastamento para repouso é de um mês, e o paciente permanece de aparelho até que o cirurgião e o ortodontista decidam a sua remoção. Os pacientes raramente relatam dor, pois devido ao descolamento da musculatura e osteotomias ósseas, o paciente pode sentir sua face levemente adormecida. As maiores queixas são: dificuldades de alimentar-se e respirar pelo nariz nos primeiros dias. Por este motivo, o paciente pode permanecer internado por até 02 dias.
4Quanto tempo costuma demorar a cirurgia?
O preparo ortodôntico com aparelhos e consultas periódicas ao dentista, pode demorar de um ano e meio a dois anos. A cirurgia, o transoperatório, em média 3 horas e meia.
5Há chance de a deformidade voltar?
Uma vez passado pelo procedimento cirúrgico, a probabilidade de a deformidade óssea orofacial voltar é ínfima.
6Quais são os benefícios gerados pela cirurgia?
- Melhora do trato respiratório, pois o planejamento cirúrgico permite calcular aumento de vias aéreas ou, até mesmo, auxílio no selamento labial, em caso do paciente respirador bucal. - Diminuição de problemas gastrointestinais, pois o paciente com oclusão balanceada pode mastigar e digerir os alimentos de maneira mais adequada. - Ganho estético – Melhora da Autoestima. Muitos pacientes referem a dificuldade de socialização e até Bullying.
7Quais são as deformidades esqueléticas da região buco-maxilo facial?
As deformidades Buco Maxilo Facial são definidas por má oclusão, ou seja, pelo mal encaixe entre arcada dentária superior e inferior. Essa deformação é esquelética, gerando a desarmonia entre o maxilar e a mandíbula, causando, muitas vezes, problemas na fala, na mastigação e na respiração do paciente. As deformidades comumente encontradas são: Prognatismo Mandibular (quando a mandíbula é projetada para frente); Retrognatismo Mandibular (mandíbula projetada para trás); Prognatismo de Mandíbula e Retrognatismo de Maxila; Mordida Aberta (Quando os dentes superiores não tocam os dentes inferiores), Deformidades no Mento (deformidade que pode ser a retração ou avanço ósseo apenas do osso do queixo), as famosas disfunções na ATM (articulação temporomandibular), ou deformidades advindas de traumas. Nesses casos, é aconselhável a cirurgia ortognática.